E aí eu respondo. Não vivo de lembranças. Prefiro viver o que tiver que ser vivido até o último grão de vontade e lembrar como algo que foi legal até se tornar cansativo, do que terminar no auge e passar o resto da vida com a sensação que não vivi, que poderia ter acontecido mais.
Entretanto, entendi uma coisa. Podem parecer pensamentos contraditórios (e talvez sejam), mas quem liga. Entendi que certas situações são perecíveis. Já vem com prazo de validade estampado. E não importa o quão bom esteja tudo, não importa o quanto você queira permanecer nela, não dá. Simplesmente não dá. Não foi você que terminou com tudo. Aquela passagem na sua vida terminou sozinha, independentemente da sua vontade. Tentar levar adiante uma realidade já morta é ilógico, inútil e doloroso. Você se culpa e culpa os outros.
Não há culpados. Acabou porque não foi forte o suficiente pra continuar. Não quer dizer que tenha sido pouco ou sem valor, mas faltou algo que lhe desse vida eterna ou pelo menos bem extensa.
Algumas flores duram uma vida, outras apenas uma primavera. A primavera acabou. É hora de fechar os olhos, respirar fundo e colocar a flor no espaço das lembranças. E eu posso não viver de lembranças, mas, por alguns minutos, é impossível não se perder nelas.
P.S.: O post foi escrito para uma amiga, mas serve pra todo mundo.
P.S.: Beeeeibi, você é minha flor da vida toda =)